quarta-feira, 9 de março de 2016

Para que serve reprovar?

Eduardo Sá refere que "Regra geral, serve para quase nada".


Chegados aqui, será importante interrogar-nos para que é que serve reprovar um aluno? Para lhe darmos oportunidade de reunir os conhecimentos com que passe a estar apto para conquistar conhecimentos mais complexos. Dito desta maneira - e por mais que seja dolorosa para quem a decide, até pelo insucesso que representa para quem dedicou muito de si a esse aluno - será um exercício de prudência, de ponderação e de sensatez. Mas será que a relação de custo/benefício que uma reprovação traz consigo fará com que ela seja sempre assim? Não! Uma reprovação - pela humilhação que representa para um aluno, pelo "terramoto" que traz a uma família e pelo desencanto (quase desesperança) como que arrefece o entusiasmo da escola - é quase meio caminho andado para que se passe do amor ao medo pelo conhecimento, e da garra e do brio ao "tanto faz" com que os miúdos mascaram a dor pelos maus resultados com a indiferença. E, muito pior, por causa de tudo isso, uma reprovação torna-se, garantidamente, meio caminho andado para que disparem as probabilidades de nunca mais se ser bom aluno, e que as probabilidades de voltar a reprovar aumentem, de forma vertiginosa.

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